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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Peixe-Boi

     

      O peixe-boi marinho é um animal robusto, de médio porte, com até 4 metros e 600 quilos. Pele grossa, cinza, poucos pêlos finos no corpo. Nadadeiras peitorais com três ou quatro unhas, cauda arredondada e achatada em forma de remo. Olhos pequenos e focinho curto, com pelos grossos que possuem função sensorial.


Ocorre apenas em águas costeiras, rios e estuários, desde a Flórida (EUA), até Alagoas, no Brasil. É uma espécie de águas rasas (até 5 metros de profundidade), onde encontra bancos de algas e fanerógamas marinhas (capim-agulha) e olhos d´água (olheiros). É considerado animal solitário, com exceção da fêmea e seu filhote, que permanecem juntos por aproximadamente dois anos. Grupos só se formam durante o acasalamento ou em locais de alimentação.
          Rios e manguezais são de grande importância para o peixe-boi marinho, principalmente para o nascimento de filhotes. As fêmeas grávidas procuram áreas calmas e rasas para dar a luz. No nordeste do Brasil, a destruição dos estuários para empreendimentos turísticos, barragens nos rios, salinas e fazendas de cultivo de camarão, têm tornado difícil a entrada das fêmeas grávidas que acabam por dar a luz em mar aberto, onde o filhote não consegue ficar perto de sua mãe e acaba encalhando. As embarcações motorizadas, principalmente as de pesca de arrasto de camarão também acabam separando a mãe do filhote e/ou capturando os indivíduos.
  Os encalhes representam hoje a maior ameaça ao peixe-boi marinho no Brasil, onde a espécie é considerada o mamífero marinho mais ameaçado de extinção do país.


  Como o número de peixes-boi na natureza é muito pequeno, é provável que a espécie desapareça do Brasil se os seus habitats não forem protegidos. No Ceará, o peixe-boi marinho ocorre apenas nos dois extremos do Estado: litoral extremo oeste, na divisa com o Estado do Piauí e no litoral leste, divisa com o Rio Grande do Norte.
          Todo ano, a Aquasis resgata uma média de três filhotes vivos. Quando não é possível juntar o filhote à sua mãe, ele é levado para o Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos, no SESC Iparana, em Caucaia, no qual é minuciosamente examinado e recebe uma fórmula especial de leite. Após o período de reabilitação, eles são devolvidos à natureza, em seu local de origem. 


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